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"Quando as palavras se tornam obscuras, eu focalizarei com fotografias. Quando as imagens se tornam inadequadas, eu serei satisfeito com o silêncio." by Ansel Adams

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sábado, 12 de dezembro de 2009



A magia de um simples “click”

     Ansel Adams é como um actor, ele igualmente representa, mas o seu palco vai para além do que os nossos olhos alguma vez irão alcançar.
     É extremamente bela a forma como ele retrata um simples momento e o transforma em algo excepcional, numa imagem capaz de intimidar até a própria natureza. A sua visão do mundo, a perspectiva que nos transmite e a maneira que encontra para dizer aquilo que pensa são claramente as melhores qualidades deste amante da fotografia.


     As suas imagens são puros actos de loucura, mas de uma loucura incrivelmente expressiva. A nitidez dos pormenores que elas exibem é ridícula para não falar da suavidade dos movimentos e das formas. É como se aquele instante, aquele exacto segundo ganhasse vida e nos conta-se um romance perfeito.

     A presença da interacção do homem com o natural é indiscutível. Ansel e Máquina tornam-se um só corpo, respiram pelos mesmos pulmões, conversam com a mesma voz, a voz da Arte. Um novo ser nasce dessa união desmedida e é ele que produz a mais bela das melodias, a vida. Todas as suas fotos são como pequenos pedaços de um espelho que juntos nos ajudam a reencontrar-nos e a perceber o mistério do óbvio. A longevidade das vistas que invadem as suas imagens paisagísticas fazem-nos perder numa infinidade de sentimentos e nos despertam, como se de um sonho se tratasse. A desorganização natural das coisas leva-nos a valorizar os defeitos e a aprender a viver com os mesmos, num mundo em que a perfeição nunca será alcançada.


     Ansel Adams é um poeta que escreve com uma câmara e declama através de uma imagem. As formas curvadas que os elementos das suas fotografias ganham são ricas em padrões, luzes, sombras e texturas. Uma mistura de sensações visuais que se convertem apenas numa palavra, Inocência.

     A grandeza frágil que ele procura, retrata todas as suas imagens de uma forma subtil e convincente. A magnificência é outra característica imprescindível. Ansel mostra a realidade, mas não uma qualquer, a sua própria realidade. A velhice e a frieza também aparecem nas suas fotografias escondidas nos tons de preto e branco e nas altas montanhas que tanto fotografou. Foi uma pessoa muito dedicado a observação da natureza e das suas belezas e por isso conseguiu marcar todos aqueles que viram o seu trabalho.
     Ansel Adams foi muito mais do que um homem com uma câmara, foi um homem que captou toda a natureza e a deixou de presente.

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